A primeira olhada de um homem.

Aviso: Esse post é besta. Assunto de menininhos. Então, se você tem vergonha de ler sobre garotos e sua perversão juvenil, não leia :) Ah, sim: é ficção,ok?

A movimentação era grande, e todos se amontoavam pra ver, nem que seja só um pedaço. Sentados no banco de concreto, os "mais velhos" (no caso, aqueles que eram mais altos, ou que já tinham bigodes ralos) viam e deixavam os outros morrendo de curiosidade.
 Era a primeira vez de quase todos ali. Com dez anos, você já sabe teoricamente como se fazem bebês, mas, é uma cena impossível de se imaginar. E todo esse tumulto era para finalmente tirarmos nossas duvidas. Graças ao Tonim, que pegou as do pai dele e levou pra escola.
 A reação das pessoas quando vêem a primeira revista de sacanagem são bem diversas. Eu fui um daqueles discretos: Olhei, guardei aquela imagem para sempre na memória (Posso descrevê-la até hoje, acredite) e tentei disfarçar minha ereção repentina (caso estivesse de shorts de futebol, ficaria igual a uma barraca de camping). Já os outros foram diferentes, haviam os surpresos, os mentirosos e os que simplesmente não entenderam o espírito da coisa.
 Ninguém ficou tão surpreso quanto um garoto chamado André. Sua exata reação foi ficar boquiaberto e com os olhos de quem vê a esposa com outro na cama. O suor escorreu no seu rosto gordo e ele saiu correndo para casa, dizendo que passava mal. Ninguém sabia exatamente o que ele foi fazer, mas, foi a primeira vez que eu pensei que talvez eu não era o único que fazia o que eu chamava de "mexidinha gostosa".
 Já um garoto chamado Denis chamou a gente de crianças, e falou que já tinha feito aquilo. Podíamos ter dez anos, mas não éramos tão ingênuos pra acreditar naquilo. Mas, quando ele contou que uma vez ele viu a prima de 14 anos de idade tomando banho, e que já relou o cotovelo no peito dela, virou o cara mais "fodão" da classe. Eu só consegui fazer a técnica do cotovelo aos doze anos e, até os quinze, o "coteta" era o ápice da minha vida sexual.
 E de repente, entrou na roda o Barboza, de cabelos penteados para o lado e mochila roxa. Mochila roxa para um homem de dez anos e como saia e batom para um homem maior de 18: Se você usa, é sinal que alguma coisa esta muito errada contigo. Barboza olhou a revista, fez uma cara de asco e disse "Credo, eu nunca ia por a boca onde esse cara ta pondo!". Instantaneamente, os mais velhos começaram a zoá-lo, e até eu comecei a falar dele. Mas, no fundo, eu concordava com ele: Parecia mole, rosa, estranho. Não que eu não tivesse gostado, mas, digamos que eu agradeci por só ter olhos em uma das cabeças.
 Os anos passaram e, desde lá, adquiri um histórico de pornografia mental invejável. Larguei mão de frescuras e nojos tidos na quarta-série e me tornei menos discreto em minha perversão. Quem ficou surpreso corre atrás até hoje pra imitar aquelas fotos, quem se vangloriou resolveu pagar para ver se continuava 'o fodão'. E quem teve nojo e usava bolsa roxa, se tornou um caso perdido: Trabalha de saia e maquiagem e atende pelo nome de Paloma Sobremesa. Pois é, algo realmente estava errado contigo. 

Um comentário:

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